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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Amigos de PM preso em jaula fecham BR-324 para pedir novo julgamento


Amigos e familiares do policial Jurandir Santana de Jesus, 42 anos, condenado pelo homicídio de um empresário, em 2003, fecharam parte da BR-324 para pedir um novo julgamento do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O policial está desde o dia 30 de agosto em uma jaula de 3m² no bairro do Calabetão.

Segurando faixas onde se lê as palavras 'Inocente', os manifestantes fecharam uma das pistas da BR-324 nas proximidades do lugar onde Jurandir vive. O trânsito ficou parado, mas a pista foi liberada alguns minutos depois para a passagem dos carros, segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).

Jurandir Santana de Jesus, 42 anos, foi condenado como um dos executores do empresário Carlos Aníbal Passos Vieira, 56 anos. Marcus Vinícius Luchtemberg e Olegar Luchtemberg Filho foram condenados como mandantes do crime. Um quarto acusado foi absolvido.

Jurandir alega inocência
Segundo o advogado, mesmo estando solto Jurandir se sente marcado e não tem condições de aproveitar a vida, podendo ser preso a qualquer momento. "Ele é um homem condenado injustamente, as provas estão aí de sobra de que ele é inocente, se trata de notória ilegalidade", diz Martins.

Para o advogado, na época do crime o PM sofreu um pré-julgamento por parte da sociedade e houve pressões porque a vítima se tratava de uma pessoa rica. Martins também acredita que o fato de Jurandir ser policial acabou influenciando a decisão.

Atualmente, Jurandir é lotado na 15ª Companhia Independente de Polícia Militar (Itapuã) - ele trabalha na PM há mais de 20 anos e pode continuar a serviço por conta da reversão da perda de função. "Ele está aqui a pão e água. A decisão dele é ou resolver ou sucumbir aqui nessa jaula", diz o advogado.

Não há previsão de quando o recurso da defesa será julgado pelo TJ-BA. O advogado diz que pretende levar o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF) se preciso.

Inocente
Segundo a defesa, no dia do crime Jurandir estava trabalhando e três outros PMs são testemunhas disso. "Existe cópia da escala, um documento oficial. Ele chegou inclusive a ser pago pelo trabalho nesse dia", diz Martins.

O advogado disse que na época do crime seu cliente sequer conhecia os outros envolvidos. Martins diz que Jurandir foi procurado através da Associação de Moradores do Calabetão, da qual fazia parte, por um dos acusados para fazer segurança no bairro de Valéria. "Mas isso foi três meses após o homicídio", garante.

Para o advogado, o judiciário vem mantendo

a decisão "por vergonha" do erro cometido em 2003. A última decisão da Justiça sobre o caso, agora em 2011, manteve a condenção.

A reportagem não conseguiu localizar a delegada Emília Blanco, responsável pelo inquérito da 10ª Delegacia que indiciou Jurandir na época. O Tribunal de Justiça não comentou o assunto.

Crime
O empresário Carlos Aníbal, dono do Estacionamento Avenida, foi morto a tiros no Itaigara por dois homens em uma moto vermelha sem placa. O filho de Carlos, Rogério Aníbal Vieira, 29 anos, também foi baleado no atentado, que aconteceu em frente ao edifício Sobrado Real, onde morava com a esposa e a filha.

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